Em 2025, o Happy City Index revelou as cidades que mais se destacam em promover o bem-estar de seus habitantes. A pesquisa, conduzida pelo Institute for the Quality of Life, avaliou 82 indicadores distribuídos em seis categorias: cidadania, governança, meio ambiente, economia, saúde e mobilidade. Com base em dados quantitativos e qualitativos, foi buscado pelo ranking um reflexo de como o cotidiano das pessoas é positivamente impactado por políticas públicas eficientes e ambientes urbanos planejados.
Copenhague: Liderança em Sustentabilidade e Qualidade de Vida

A capital dinamarquesa, Copenhague, conquistou o topo do ranking com 1.039 pontos. A cidade se destaca por seu modelo urbano sustentável, com ampla presença de áreas verdes, ciclovias extensas e forte incentivo ao transporte limpo. Além disso, políticas públicas eficazes e uma economia estável contribuem para o alto nível de satisfação dos moradores.
Moradores de Copenhague relatam sentir-se seguros, conectados com a comunidade e confiantes nas instituições locais. Programas de bem-estar mental, acesso facilitado à saúde e um sistema educacional inclusivo também são aspectos essenciais para a felicidade coletiva.
Zurique: Eficiência Suíça a Serviço do Cidadão

Em segundo lugar, Zurique, na Suíça, é reconhecida por sua infraestrutura impecável e serviços públicos de alta qualidade. A cidade oferece segurança, transporte eficiente e um ambiente limpo, fatores que elevam a qualidade de vida. A baixa taxa de criminalidade, aliada ao acesso à educação e à cultura, reforça o sentimento de pertencimento.
Zurique também promove uma cultura de equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. As jornadas de trabalho são razoáveis, e as empresas valorizam o bem-estar dos funcionários. Esses elementos fazem a diferença no dia a dia da população.
Singapura: Inovação e Qualidade na Ásia

Singapura ocupa a terceira posição, destacando-se por sua governança eficaz, estabilidade econômica e rigor na preservação ambiental. A cidade-estado combina desenvolvimento econômico com áreas verdes bem distribuídas, oferecendo um ambiente seguro e moderno.
Além disso, Singapura investe fortemente em educação e tecnologia, criando oportunidades para a juventude e estimulando a inovação. A população usufrui de um sistema de transporte exemplar e acesso rápido à saúde.
Aarhus: O Modelo Escandinavo de Comunidade

Aarhus, também na Dinamarca, figura em quarto lugar. Conhecida como a “menor grande cidade do mundo”, Aarhus combina urbanismo inteligente com um forte senso de comunidade. A cidade investe em infraestrutura sustentável, cultura e eventos que fortalecem o convívio social.
Os cidadãos de Aarhus valorizam a proximidade com a natureza e o acesso igualitário aos serviços. A cidade é exemplo em participação cívica e planejamento urbano inclusivo.
Antuérpia: Cultura e Bem-Estar no Coração da Europa

Fechando o top 5, Antuérpia, na Bélgica, é reconhecida por suas políticas sociais progressistas e pelo forte investimento em cultura. A cidade oferece transporte público eficiente, parques urbanos e uma atmosfera acolhedora.
Projetos de arte pública, festivais comunitários e programas de inclusão são comuns em Antuérpia. Essas iniciativas promovem conexão social, autoestima e bem-estar coletivo.
Metodologia do Happy City Index
O índice foi desenvolvido para ir além de métricas econômicas. Leva em conta aspectos humanos, sociais e ambientais. Pesquisadores coletam dados de fontes públicas, institutos de pesquisa e plataformas internacionais como ONU, OCDE e Eurostat.
Cada cidade é avaliada em seis categorias principais, com pesos diferentes. Por exemplo, a saúde representa 20% do total, enquanto mobilidade representa 10%. A média ponderada dos indicadores forma a pontuação final.
Brasil: Desafios e Potencial para Crescer
Embora nenhuma cidade brasileira tenha entrado no top 5 global, o país tem mostrado avanços importantes. Joinville (SC), São José dos Campos (SP) e Curitiba (PR) são referências nacionais em qualidade de vida.
Essas cidades investem em transporte urbano, educação técnica e meio ambiente. Mesmo assim, problemas estruturais como desigualdade social, violência e acesso precário à saúde ainda limitam a escalada no ranking global.
Com planejamento de longo prazo, políticas consistentes e foco no bem-estar, é possível para cidades brasileiras alcançarem posições de destaque internacional.
O Que Podemos Aprender com o Top 5
Todas as cidades mais felizes do mundo compartilham algumas características. Governança participativa, espaços urbanos acessíveis, segurança, mobilidade eficiente e incentivo à cultura são fundamentais.
Decisões públicas conscientes e o envolvimento ativo da população constroem o bem-estar coletivo. Mais do que a riqueza acumulada, a felicidade depende de como a cidade cuida de seus cidadãos.
Caminhos para um Futuro Mais Feliz
O Happy City Index 2025 reforça a importância de modelos urbanos voltados à qualidade de vida. A felicidade não é um privilégio, mas o resultado de boas escolhas coletivas.
A busca pela felicidade urbana deve ser uma prioridade para gestores, urbanistas e para toda a sociedade. Afinal, viver bem é um direito de todos.